O Ativo Total apresentado a seguir é composto pelas contribuições dos participantes e patrocinadoras, efetuadas até 31 de dezembro de 2019, bem como os resultados obtidos por meio de suas aplicações e investimentos para o mesmo período.
Ativo Total Administrado em 2019: R$ 3.452.173 mil (Ativo Total Administrado em 2018: R$ 3.250.726 mil)
Parte deste valor já está comprometida com obrigações assumidas pela entidade, tais como:
Do Ativo Total, descontadas as obrigações acima, obtém-se o Ativo Líquido, que quando superior às provisões matemáticas, gera superávit, em caso contrário, déficit, demonstrando a capacidade do plano em cumprir ou não suas obrigações futuras de pagamento de benefícios.
No quadro a seguir, é possível observar que o Ativo Líquido no final do exercício de 2019 foi de cerca de R$ 3,3 bilhões e déficit aproximado (com o ajuste de precificação) de R$ 77 milhões.
Além das contribuições correntes efetuadas pelos participantes e patrocinadoras, o valor abaixo inclui contribuições extraordinárias e recursos provenientes de contribuições contratadas, realizadas no ano de 2019, já descontadas as taxas administrativas.
Abaixo o valor total de benefícios pagos no ano de 2019, como aposentadorias, pensões e auxílios.
O final de 2019 foi marcado por relevante avanço das negociações entre Estados Unidos e China, fenômeno que reduziu consideravelmente o risco de agravamento das tensões comerciais e da consequente volatilidade dos ativos globais. Além disso, o cenário para o Brexit se tornou menos nebuloso com a vitória dos conservadores no Parlamento.
A economia brasileira chegou ao final de 2019 com sinais sólidos de retomada do crescimento, as divulgações do PIB do terceiro trimestre e de outros indicadores de atividade reforçaram o cenário positivo no campo doméstico. Os investimentos também ganharam força no período, beneficiados pela elevação da confiança dos empresários com a aprovação da reforma da Previdência e o anúncio de uma agenda de medidas focadas no endereçamento correto do quadro fiscal brasileiro. O ambiente inflacionário favorável que prevaleceu ao longo do ano manteve as expectativas inflacionárias bem ancoradas mesmo para horizontes mais longos.
O rally das taxas de juros também será lembrado, em função das constantes surpresas para baixo da inflação e o consequente reinício do ciclo de cortes de juros, que levou a Selic a encerrar 2019 em seu patamar mais baixo da história, 4,50% a.a. Apenas para se ter uma ideia da surpresa, o mercado esperava, no final de 2018, uma Selic de 7,00% para o final de 2019. Depois da grande desvalorização de quase 15% em relação ao Dólar em 2018, em 2019 o Real apresentou um comportamento um pouco mais previsível, com uma desvalorização de 4,4%.
Dessa forma, o ano encerrou com grande dose de otimismo, com sucessivos recordes de índices de bolsa, queda dos juros e apreciação do real.
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o mês de dezembro com alta de 6,85%, aos 115.645 pontos. No ano, o índice Ibovespa acumulou ganhos de 31,6%. O desempenho da bolsa doméstica no mês foi no mesmo sentido das principais bolsas internacionais, principalmente as de países emergentes.
As carteiras de investimento de todos os nossos planos de benefícios apresentaram retornos superiores às suas metas atuariais e/ou índice de referência. Com destaques para os segmentos de Renda Fixa e de Renda Variável, ambos superaram seus benchmarks. Os únicos segmentos que apresentaram resultados desfavoráveis foram os imóveis, fruto da reavaliação imobiliária (realizada pela Cushman & Wakefield) e o Fundo de Investimentos em Participações, por conta também de valuation (atualização do valor econômico das empresas investidas) realizado nos ativos do fundo.
No segmento de renda variável, as carteiras dos Planos e Perfis que tem este tipo de investimento apresentaram desempenho de 10 pontos percentuais superior ao principal índice brasileiro, o Ibovespa. Por isso, os planos e perfis com maior exposição em renda variável alcançaram maiores rentabilidades em 2019. Os investimentos neste segmento são por meio de fundos de ações, com gestores selecionados por meio de critérios que medem credibilidade e desempenho. A equipe de investimentos da ELOS acompanha de perto a gestão desses fundos e de forma recorrente faz reuniões para entender melhor as estratégias adotadas.
A carteira de renda fixa também apresentou bom desempenho, principalmente em decorrência do fechamento das taxas de juros que valorizou as alocações em NTN-Bs, fundos exclusivos e fundos de crédito.
Foi apresentado e aprovado pelo Comitê de Investimento e Conselho Deliberativo, o estudo de ALM (Asset Liability Management) para os Planos BD-ELOS/Eletrosul e BD-ELOS/Engie que tem como objetivo rebalancear as carteiras para ter maior aderência com as obrigações dos planos.
Em decorrência do ALM, foi feita a reprecificação (de curva para mercado) e posterior venda dos títulos públicos com vencimento em 2045 e 2050 do Plano BD-Engie, o que trouxe um ganho de aproximadamente R$ 20 milhões para a carteira. O estudo também sinalizou que os planos BDs devem ter participação em renda variável, multimercado e exterior. No final de 2019, cerca de 4,5% do patrimônio do Plano BD-ELOS/Engie foi alocado em fundos de investimento de renda variável.
Conforme já explicado no item ‘Realizações”, houve o desinvestimento da SPE Uirapuru Transmissora de Energia. Essa operação rendeu uma TIR (taxa interna de retorno) de aproximadamente IPCA + 12,04% ao ano para os planos BD e CD Eletrosul, desde o início do investimento em 2011.
Outro ponto já mencionado foi o êxito no processo arbitral da SPE Livramento Holding. A ELOS recebeu da Eletrosul em novembro o valor integral referente à venda de sua participação no empreendimento Livramento Holding, conforme acordo de acionistas. O valor recebido foi de R$ 35 milhões, que inclui o preço pago pela Eletrosul correspondente aos aportes realizados pela ELOS na Livramento Holding entre os anos de 2011 e 2013 (total de R$ 15,6 milhões), corrigidos pela meta atuarial do Plano BD-ELOS/Eletrosul, mais os custos pagos com o processo arbitral.
Houve ainda a liquidação do fundo de investimento exclusivo BRAVA FIC de FIA, presente nas carteiras dos planos BD e CD Eletrosul, e realocação dos recursos em outros fundos de renda variável para rebalanceamento das carteiras.
As despesas apresentadas a seguir estão de acordo com a planificação contábil do Plano de Contas definido pela PREVIC e de acordo com o Plano de Gestão Administrativa, proporcionando maior transparência e facilidade no acompanhamento das contas da Fundação.
As fontes de receitas da ELOS são originadas da taxa administrativa dos planos previdenciais que administra. Para o plano BD-ELOS/ELETROSUL, a receita administrativa é proveniente do percentual sobre as contribuições, de acordo com o plano de custeio. Para o plano CD ELETROSUL, é a taxa de administração incidente sobre o total dos recursos administrados. E, para o plano BD-ELOS/Engie, as despesas administrativas são reembolsadas pela patrocinadora.
TOTAL DAS DESPESAS
Nas despesas com pessoal e encargos estão inclusos os encargos incidentes sobre a folha de pagamento, inclusive a remuneração variável que faz parte do Plano de Benefícios da Fundação. Cabe ressaltar que as Despesas de Gestão Interna de Investimentos também estão inclusas.